quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Sapo Apaixonado

Sabiam que o «amor não tem barreiras»?!



Hoje a professora contou-nos esta história encantadora e realizamos este trabalho espectacular.


Querem ficar a conhecer a história?

O Sapo Apaixonado

O sapo estava sentado à beira do rio.
Sentia-se esquisito.
Não sabia se estava contente ou se estava triste.
Toda a semana tinha andado como que a sonhar.
Que é que teria?
Então encontrou o Porquinho.
- Olá, Sapo – disse o Porquinho. – Não estás com muito bom ar. Que é que tens?
- Não sei – disse o Sapo. – Tenho vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. E aqui dentro tenho uma coisa que faz tum – tum.
- Talvez estejas constipado – disse o Porquinho. – É melhor ires para casa e meteres – te na cama.
O Sapo continuou o seu caminho. Estava preocupado.
Depois passou por casa da Lebre.
- Lebre - disse ele -, não me sinto bem.
- Entra e senta –te um bocadinho – disse a Lebre, muito simpática.
- Ora então, que é que tens?
- Umas vezes fico com calor e outras vezes fico com frio. E aqui dentro de mim tenho uma coisa que faz tum – tum.
E pôs a mão no peito.
A Lebre pensou muito, como um verdadeiro médico. Depois disse:
- Já sei. É o teu coração. O meu também faz tum – tum.
- Mas o meu às vezes faz tum – tum mais depressa do que de costume – disse o Sapo. – Faz um – dois, um – dois, um – dois.
A Lebre foi buscar à estante um grande livro e pôs – se a virar as folhas.
- Aha! – disse ela. – Ora ouve. Coração a bater acelerado, ataques de calor e de frio... quer dizer que estás apaixonado!
- Apaixonado? – disse o Sapo, surpreendido. – Ena pá! Estou apaixonado!
E ficou tão contente que deu um salto enorme pela porta fora.
O Porquinho assustou –se muito quando o Sapo de repente caiu do céu.
- Parece que estás melhor – disse o Porquinho.
- E estou! Sinto – me óptimo – disse o Sapo. – Estou apaixonado!
- Bem, isso é uma boa notícia. Por quem é que estás apaixonado? – perguntou o Porquinho.
O Sapo não tinha tido tempo para pensar nisso.
- Já sei! – disse ele. – Estou apaixonado pela linda e adorável patinha branca!
- Não pode ser – disse o Porquinho. – Um sapo não pode estar apaixonado por uma pata. Tu és verde e ela é branca.
Mas o sapo não se importou com isso.
Não sabia escrever, mas sabia fazer bonitas pinturas.
Quando voltou para casa fez uma pintura linda, com vermelho e azul e muito verde, que era a cor de que ele gostava mais.
À noite, quando já estava escuro, saiu com a pintura e enfiou-a por baixo da porta da Pata.
Com a emoção, tinha o coração a bater com toda a força.
A Pata ficou muito admirada quando encontrou a pintura.
- Quem é que me terá mandado esta linda pintura? – exclamou ela, e pendurou-a na parede.
No dia seguinte o Sapo colheu um belo ramo de flores.
Ia oferecê-las à Pata.
Mas quando chegou à porta não teve coragem para a enfrentar.
Pôs as flores na soleira da porta e fugiu o mais depressa que pôde.
E assim continuaram as coisas, dia após dia.
O Sapo não conseguia arranjar coragem para falar.
A Pata andava muito contente com todos aqueles belos presentes.
Mas quem é que os mandaria?
Pobre Sapo!
Perdeu o apetite e à noite não conseguia dormir...
E as coisas continuaram assim durante semanas.
Como é que havia de mostrar à Pata que gostava dela?
- Tenho de fazer alguma coisa de que mais ninguém seja capaz – decidiu ele. – Tenho de bater o recorde do mundo de salto em altura! A Patinha vai ficar muito surpreendida, e depois ela também vai gostar de mim.
O Sapo começou logo a treinar.
Praticou durante dias a fio.
Saltava cada vez mais alto, até às nuvens.
Nunca nenhum sapo do mundo tinha saltado tão alto.
- Que é que terá o Sapo? – perguntava a Pata, preocupada. – Saltar assim é perigoso. Ainda acaba por se magoar.
E tinha razão.
Às duas horas e treze minutos da tarde de sexta-feira, as coisas correram mal.
O Sapo estava a dar o salto mais alto da história quando perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
A Pata, que ia a passar nessa altura, veio a correr ajudá-lo.
O Sapo mal podia andar. A Pata amparou-o com carinho e levou-o para casa. Tratou dele com toda a ternura.
- Ó Sapo, podias ter-te matado! – disse ela. – Olha que tens de ter cuidado. Gosto tanto de ti!
Então finalmente o Sapo lá conseguiu arranjar coragem:
- Eu também gosto muito de ti, querida Pata – balbuciou ele.
Tinha o coração a fazer tum – tum mais depressa do que nunca, e ficou com a cara muito verde.
Desde então, amam-se perdidamente.
Um sapo e uma pata...
Verde e branca.
O amor não conhece barreiras.

3 comentários:

  1. olá!

    gostei muito do vosso blog.
    continuem com o bom trabalho para poderem ficar ainda mais sabichões.

    beijocas

    Sónia Cardoso, mãe da Carolina

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  2. Olá eu sou o Ricardo Campos, gostei muito do blog
    beijocas.

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  3. Olá eu sou a Mariana Valverde,o blog está muito
    giro especialmente a história do sapo.
    Beijocas.

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